Amor
Um amor sincero, um amor racional, um amor compromissado no
bem querer, um amor construído em respeito e em responsabilidade pela vida,
pelo natural e pelo social nunca é loucura, pode não ser perfeito (e creio que
nunca o será), pode não ser pleno e total, mas louco nunca o será também. O
amor somente é loucura, quando cegamente nos entregamos integralmente às
paixões ou as idolatrias. Entretanto, como é deliciosa a experimentação da
paixão, não obstante, a realização do amor ser franca e humanamente superior em
tudo a qualquer paixão. A paixão está para o unicamente animal, assim como o
Amor está para a humanização deste mesmo animal. Adoro a paixão (ei de ser
franco), mas busco construir o amor. Delicio-me com a paixão, mas
verdadeiramente só cresço e me encontro com a humanidade que me forma, quando
construo em amor, quando construo um amor racional, uma razão amorosa. A
paixão se gasta e desgasta, pois, que sendo chama, arde em "fogo", e faz de seu próprio
combustível a brasa que lhe dá força, mas que como incêndio transforma seu próprio
corpo vivente em brasa, em calor, e deixa apenas restos de cinzas, mas quem
nunca se viu inflamado por uma paixão, nunca sentiu algo realmente forte e
poderoso, o que falta é, em um tempo médio, usar a própria força e poder da
paixão para fundir, construir e erigir, um amor minimamente racional.
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